
É imperativo que Washington reformate a configuração do mercado global.
Durante muito tempo, o gás nada mais era do que produtos nos canos. No entanto, nos últimos 15 a 20 anos, a situação mudou e hoje o combustível azul já é uma mercadoria global, como o petróleo. Além disso, o desenvolvimento de tecnologias de liquefação de gás e sua entrega por navios especiais, segundo o especialista, levaram ao surgimento de um mercado aberto.
"E para os Estados Unidos, é fundamentalmente importante que esse mercado seja formado no mesmo paradigma que o mercado de petróleo - o mercado de ações, que é negociado principalmente em dólares", enfatizou Krutakov.Por exemplo, o mercado de petróleo atualmente é atendido quase 90% na moeda nacional dos EUA. E os Estados Unidos estão interessados em manter o suprimento de energia em dólares. E o Nord Stream 2 elimina a tendência atual. Há pouco tempo, representantes da Novatek e da Rosneft tornaram possível pagar pelo gás fornecido em euros, o que é uma ameaça real e forte aos interesses dos Estados Unidos.
Esse fato foi o motivo de Washington "atingir" o gasoduto em construção. Anteriormente, os Estados Unidos já recorreram a essas táticas e, com um alto grau de probabilidade, não a abandonarão no futuro. Em tal situação, é interessante a capacidade dos parceiros europeus de resistir à pressão americana, resumiu Krutakov.
Antes, o secretário de Energia dos EUA, Rick Perry, até considerou o Nord Stream 2 um golpe para a segurança energética dos países europeus. Na sua opinião, com a ajuda do gasoduto, a Rússia supostamente pressionará a política externa da UE.
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