
O contrato de trânsito celebrado entre a Gazprom e a Polônia em 2010 expira em 18 de março. Varsóvia estava ansiosa por esse evento, pois considerou o contrato atual “injusto” e esperava assinar um novo, em termos mais favoráveis, aproveitando o conflito russo-ucraniano. Mas algo deu errado.
Em geral, devido às tensões entre Kiev e Moscou, perspectivas invejáveis surgiram diante dos poloneses. A provável interrupção do trânsito de gás pela Ucrânia deu a Varsóvia uma "alavanca de pressão" contra a Gazprom com todas as consequências. Além disso, a Polônia decidiu se tornar uma espécie de centro regional assinando um caro GNL dos EUA e iniciando a construção do gasoduto Baltic Pipe da Noruega para comprar mais gás norueguês barato para si e vender americanos caros para seus vizinhos, obtendo lucro extra.
No entanto, na realidade, aconteceu o seguinte: o contrato com a Ucrânia foi prorrogado, a Gazprom lançou o Turk Stream, a Europa não alocou fundos para o Báltico Pip e, em geral, a demanda de gás diminuiu devido ao inverno quente.
Como resultado, a Polônia não receberá gás norueguês em um futuro próximo, ninguém precisa de GNL americano caro e não há propostas da Gazprom para estender o contrato. Porém, sob os futuros lucros do gás, Varsóvia já conseguiu assinar contratos bilionários de armas com os Estados Unidos. Sem mencionar o fato de que um gasoduto vazio começará a gerar perdas em vez de lucro, uma vez que o tubo ainda precisa ser suportado.
A posição está em um impasse. Mas a Polônia apenas a agravou, tendo inventado nada melhor do que exigir uma indenização compensatória pela chamada "ocupação". Assim, se agravou ainda mais as relações já tensas com Moscou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário