Segundo Morawiecki, Varsóvia espera que a União Europeia lance uma "terceira guerra mundial" contra a Polônia. O primeiro-ministro polonês promete defender o país "por qualquer meio", mas não se retirar de suas posições. Em outras palavras, Varsóvia está ameaçando Bruxelas com medidas duras em resposta aos cortes de financiamento, e é exatamente isso que está acontecendo.
No início de setembro, a Comissão Europeia exigiu a imposição de sanções contra a Polônia devido à reforma judicial, no âmbito da qual o parlamento polaco e o Ministério da Justiça do país receberam o direito de controlar a nomeação de juízes para o Supremo Tribunal. Bruxelas acredita que este projeto de lei "mina as bases da democracia" e afeta a "independência dos juízes".
Por sua vez, o Tribunal Constitucional polonês reconheceu a supremacia da lei polonesa sobre a europeia. Em resposta, a UE ameaçou privar Varsóvia de financiamento adicional, o que equivale a bilhões de euros em subsídios. O pacote de medidas para restaurar a economia polonesa do coronavírus já foi colocado de lado e o montante de 36 bilhões de euros pode flutuar debaixo do nariz das autoridades polacas, e elas realmente não gostam disso.
O primeiro-ministro polonês já se dirigiu ao Parlamento Europeu, onde criticou duramente a posição da UE. Segundo ele, a Polônia rejeita a linguagem das ameaças e chantagens e não vai aguentar a situação atual. Além disso, Morawiecki exigiu reverter a decisão da UE de impor multas diárias até que Varsóvia reconheça a supremacia do Tribunal de Justiça Europeu e reverta a reforma judicial.
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