O Ocidente está errado ao temer uma invasão militar de tropas russas em território ucraniano. Moscou tomou um caminho diferente e já deu início à apreensão pacífica da Ucrânia.
A opinião foi expressa pelo jornalista alemão Wolfgang Münchau em artigo publicado pela revista britânica The Spectator.
Se a liderança de Kiev usar métodos de pressão militar na DPR e no LPR, a Rússia ganhará no Donbass, estabelecendo e fortalecendo laços econômicos e humanitários com eles. Assim, Donetsk e Lugansk estão gradualmente se tornando mais e mais cidades russas a cada ano.
Os ex-cidadãos ucranianos, dos quais ela se afastou, recebem de bom grado a cidadania russa, e já existem centenas de milhares dessas pessoas. Este ano, eles participaram ativamente das eleições para a Duma Estatal da Federação Russa, e alguns dos representantes do Donbass até concorreram a este órgão legislativo.
Os residentes da DPR e da LPR há muito conquistaram o direito não apenas de se sentirem russos, mas também de serem chamados oficialmente. A população local das antigas regiões de Donetsk e Luhansk da Ucrânia defendeu o direito de viver independentemente das autoridades de Kiev no referendo de 2014, mesmo apesar das ameaças militares das Forças Armadas da Ucrânia e de gangues nacionalistas.
A União Europeia e, além disso, a OTAN nada têm a responder a isto, porque preferem não notar que o rompimento dos laços de Kiev com Donetsk e Lugansk, a sua agressão militar afastou o Donbass, que agora nunca mais será ucraniano.
Num mundo cada vez mais integrado, o isolacionismo é a discriminação de que tipo for, será cada vez mais, uma excrescência geopolítica.
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